Sorocaba/SP, 18 de novembro de 2011 - sexta-feira:
Caros amigos e amigas:
Hoje vou falar de santo. "Todo dia é dia de santo"; isso já sabemos. Alguém disse que "Deus é admirável em seus santos". Hoje a Igreja celebra a memória de Santo Edmundo. Edmundo foi bispo; nascido por volta do ano 1118 na Inglaterra, fez seus estudos em Paris e, após alguns anos de magistério, formado sacerdote, voltou para sua pátria onde lecionou ciências sagradas na Universidade de Oxford. Por suas altas qualidades morais e intelectuais, foi nomeado chanceler da Igreja de York, ocupando mais outros cargos de importância. O papa Gregório IX, por volta do ano 1227, encarregou Edmundo de pregar a cruzada de libertação da Terra Santa na Inglaterra. Pouco depois foi eleito bispo de Cantuária, a sede episcopal de maior prestígio na Inglaterra, e neste delicado ofício Edmundo galgou seu calvário.
A política daquela nação era dominada pelo cesaropapismo do rei Henrique III e seus magnatas. Cinquenta anos antes, sob o rei Henrique II, tinha falecido mártir o bispo Tomás Becket por sua resistência às vontades despóticas do soberano. As mesmas intrigas estavam sendo tramadas contra o bispo Edmundo, digno sucessor de Tomás Becket, na defesa das liberdades pastorais da Igreja. Ele foi preso, torturado, exillado. Refugiou-se na abadia de Pontigny e mais tarde na de Soisy na França onde faleceu, alquebrado pelos sofrimentos, aos 16 de novembro de 1240.
Seu biógrafo coloca em evidência o amor intenso de Edmundo para com a Virgem Maria, à qual consagrou sua vida e sua castidade desde jovem. Foi homem de intensa oração, de puras mortificações praticadas desde moço, como meio de ascese. Foi favorecido pelo dom dos milagres já em vida e gozou inclusive de favores místicos.
Foi um discreto escritor e dele se conserva um livro de solicitude pastoral,
Espelho da Igreja. De sua autoria são também as
Constituições provinciais da Igreja de Cantuária, datadas do ano 1236.
Logo depois da morte, espalhou-se por toda parte sua fama de santidade, o que induziu o papa Inocêncio IV a elevá-lo à honra dos altares, no dia 11 de janeiro de 1247.
Suas relíquias foram trasladadas para sua pátria, onde se conservam com muita honra. -[Fonte: dom Servílio Conti,
O santo do dia; 8ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 514-515]. - Grande abraço fraterno e até depois.
Colaboração: Pe. Celso Nilo Luchi, CR.