18.04.2012-Quarta-feira da 2ª semana da Páscoa de Jesus:
Textos: Atos dos apóstolos 5, 17-26/ Salmo 33/ Ev. De s. João 3,16-21;
Caríssimos irmãos e irmãs: A liturgia desta quarta-feira da segunda semana da Páscoa nos mostra a força libertadora que tem a Palavra de Deus: a Palavra não pode ficar aprisionada, pois os próprios anjos de Deus podem intervir a qualquer momento para libertar os apóstolos de Jesus de hoje, como fizeram no passado, neste episódio que nos é relatado por São Lucas no livro dos Atos dos apóstolos; isso pode acontecer a qualquer momento para aqueles que creem e suplicam a Deus por sua providência amorosa.
É uma grande ilusão a força bruta dos grandes deste mundo> mas na fraqueza dos pobres e pequenos que clamam a Deus e a Ele se confiam Ele exerce sua força!
O Povo de Deus ainda precisa aprender a se organizar melhor para conquistar seus direitos, como fazia o povo da Bíblia, no tempo de Moisés e outros profetas que viviam organizando grandes assembleias populares, que são relatadas nos livros do Deuteronômio, do Êxodo, de Josué, e outros. Nada vai adiantar viver reclamando da falta de segurança, de saúde, de educação, etc. sem a organização popular nada vai ser resolvido.
O evangelista São João nos diz que o amor de Deus por nós é imenso, infinito e eterno! Mas o evangelista nos aponta também a necessidade de fazermos nossa aproximação da luz de Deus. Pois “quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”
Porém, nosso mundo é um mundo de mentira, por isso falta-nos a luz de Deus. Ao celebrarmos, na fé, a Páscoas de Jesus, somos reforçados na luta por mais vida e liberdade e assim vamos celebrar nossa páscoa também, ou seja, nossa passagem de uma situação de menos vida para uma situação nova de mais vida e vida com Deus.
Santo do dia: São Galdino
Galdino nasceu em 1096 e cresceu em Milão, no início do século XII, e ali também se tornou religioso, passando logo a auxiliar diretamente o arcebispo Oberto de Pirovano. Juntos enfrentaram um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV, que, apoiado pelo imperador Frederico, o Barbaroxa, oprimia violentamente para dominar o mundo. Depois da morte de Oberto, o papa nomeou Galdino para seu sucessor como bispo de Milão. Isso ocorreu em 1166.
Galdino fez um bom governo à frente de sua diocese. Era praticante da caridade. Pregava contra os hereges, convertia multidões e socorria também os pobres que se achavam presos por causa de dívidas, geralmente vítimas da agiotagem.
A esses se dedicou tanto em suas visitas, que passaram até a ser chamadas de “o pão de São Galdino”: uma espécie de cesta básica material e espiritual. Foi uma grande força na luta contra os opressores.
Mas tudo isso era feito paralelamente ao trabalho político, pois no plano da diplomacia defendia seu povo e sua terra em tudo o que fosse preciso. Morreu no dia 18 de abril de 1176, justamente no instante em que fazia, no púlpito, um sermão inflamado contra os pecadores, os hereges, inimigos da Igreja, e os políticos, inimigos da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, diante de um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.